Esta galeria apresenta imagens relacionadas às diferentes fases da cicatrização de feridas, incluindo hemostasia, inflamação, proliferação e remodelação. As imagens são organizadas de forma didática para facilitar a compreensão dos processos celulares e moleculares envolvidos na cicatrização.

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Agregação Plaquetária

Plaquetas aderindo ao colágeno exposto e iniciando a formação do coágulo.

Agregação Plaquetária na Fase de Hemostasia

Imagem microscópica mostrando plaquetas (em roxo) aderindo ao colágeno exposto após lesão vascular. Este é o primeiro passo da hemostasia, onde as plaquetas formam um tampão inicial para estancar o sangramento.

As plaquetas liberam fatores de crescimento como PDGF e TGF-β que iniciam a cascata de cicatrização, recrutando neutrófilos e fibroblastos para o local da lesão.

Tempo: Ocorre nos primeiros minutos após a lesão

Rede de Fibrina

Formação da rede de fibrina que estabiliza o coágulo sanguíneo.

Rede de Fibrina na Hemostasia

Imagem de microscopia eletrônica mostrando a rede de fibrina formada durante a coagulação. O fibrinogênio é convertido em fibrina pela trombina, criando uma malha que captura células sanguíneas e plaquetas.

Esta rede serve como matriz provisória para a migração celular nas fases subsequentes da cicatrização e contém fatores de crescimento que serão liberados gradualmente.

Tempo: Formação completa em 1-2 horas após a lesão

Neutrófilos na Ferida

Neutrófilos migrando para o local da lesão durante a fase inflamatória.

Neutrófilos na Fase Inflamatória

Imagem microscópica mostrando neutrófilos (células polimorfonucleares) que migraram para o local da ferida. Estas são as primeiras células inflamatórias a chegar, atraídas por quimiocinas liberadas durante a hemostasia.

Os neutrófilos realizam fagocitose de bactérias e debris celulares, além de liberarem enzimas que auxiliam na limpeza da ferida. Sua presença é característica das primeiras 24-48 horas após a lesão.

Tempo: Pico em 24-48 horas após a lesão

Macrófagos na Ferida

Macrófagos realizando fagocitose e secretando fatores de crescimento.

Macrófagos na Fase Inflamatória

Imagem mostrando macrófagos (derivados de monócitos) no leito da ferida. Estas células são cruciais para a transição da fase inflamatória para a fase proliferativa.

Os macrófagos realizam fagocitose de debris e bactérias, além de secretarem citocinas e fatores de crescimento (TGF-β, PDGF, FGF, EGF) que estimulam a angiogênese e a proliferação de fibroblastos.

Tempo: Predominantes entre 48-72 horas até 7 dias após a lesão

Tecido de Granulação

Formação de tecido de granulação com novos vasos sanguíneos.

Tecido de Granulação na Fase Proliferativa

Imagem macroscópica de tecido de granulação em uma ferida. Este tecido é caracterizado por sua aparência vermelho-vivo e granular, devido à intensa formação de novos vasos sanguíneos (angiogênese).

O tecido de granulação é composto por novos capilares, fibroblastos, miofibroblastos, células inflamatórias e matriz extracelular rica em colágeno tipo III. Ele preenche o defeito tecidual e fornece suporte para a migração de células epiteliais.

Tempo: Formação entre 4-21 dias após a lesão

Angiogênese

Formação de novos vasos sanguíneos durante a fase proliferativa.

Angiogênese na Fase Proliferativa

Imagem microscópica mostrando a formação de novos vasos sanguíneos (angiogênese) no tecido de granulação. As células endoteliais proliferam e migram, formando brotos vasculares que se estendem para o tecido em cicatrização.

Este processo é estimulado principalmente pelo fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e é essencial para fornecer oxigênio e nutrientes ao tecido em regeneração.

Tempo: Inicia-se por volta do 3º dia e é mais intenso entre 7-14 dias após a lesão

Epitelização

Migração de células epiteliais para fechar a ferida.

Epitelização na Fase Proliferativa

Imagem mostrando o processo de epitelização, onde células epiteliais migram das bordas da ferida para cobrir o tecido de granulação. As células basais nas bordas da ferida perdem suas adesões, mudam de forma e migram sobre a matriz provisória.

Este processo é estimulado por fatores de crescimento como EGF e KGF, e requer um ambiente úmido para ocorrer de forma eficiente. A migração ocorre a partir das bordas e de anexos cutâneos preservados (folículos pilosos, glândulas).

Tempo: Inicia-se nas primeiras 24-48 horas e continua até o fechamento completo da ferida

Remodelação do Colágeno

Substituição do colágeno tipo III por colágeno tipo I mais resistente.

Remodelação do Colágeno na Fase de Remodelação

Imagem microscópica com coloração especial para colágeno, mostrando a reorganização das fibras colágenas durante a fase de remodelação. Nesta fase, o colágeno tipo III (predominante no tecido de granulação) é gradualmente substituído por colágeno tipo I, mais resistente.

As fibras de colágeno são reorganizadas ao longo das linhas de tensão, aumentando a resistência da cicatriz. Este processo é mediado pelo equilíbrio entre metaloproteinases (que degradam colágeno) e seus inibidores.

Tempo: Inicia-se por volta do 21º dia e pode continuar por meses ou anos

Cicatriz Madura

Aspecto final da cicatriz após a fase de remodelação.

Cicatriz Madura na Fase de Remodelação

Imagem macroscópica de uma cicatriz madura após completar a fase de remodelação. A cicatriz apresenta-se mais clara que a pele ao redor, com textura lisa e achatada.

Neste estágio, a cicatriz atingiu sua máxima resistência (cerca de 80% da pele normal), a vascularização diminuiu significativamente e o número de células (principalmente fibroblastos) também reduziu, resultando em um tecido menos celular e mais fibroso.

Tempo: Geralmente após 6-12 meses da lesão, podendo continuar a remodelar por até 2 anos

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